Semana de Letras na UFAL, 17 a 21 de setembro
PALETRA: POLÍTICAS LINGUÍSTICAS
Palestra do professor Aldair Santos de Paula, “Políticas lingüísticas”. O viés abordado pelo palestrante foi voltado para as línguas indígenas que é o campo de estudo dele. Dos diversos aspectos pontuados, ele comentou a dificuldade em trabalhar com essas línguas voltadas para âmbito escolar, visto que algumas línguas não têm registro, ou seja, é estritamente oral. Por esse motivo, o número de línguas indígenas diminui.
O professor afirmou que os mecanismos criados por nós, agentes externos, para pensar sobre a língua os fazem pensar em nós ideologicamente. De outro modo, o índio vê o português como uma língua perfeita e a deles como uma língua deficitária. Eles não têm a perspectiva de que essa diversidade é o que faz sentido.
Para encerrar, o professor Aldir sugeriu a seguinte reflexão: pensar a língua como instrumento de inclusão e exclusão, principalmente para aqueles que não dominam “a língua da sociedade”.
CINEI
Noutro momento fomos encaminhados para outra sala onde assistimos a um documentário sobre a vida indígena, porém, do ponto de vista dos índios.
O ambiente com muito verde, os desenhos no corpo e os ornamentos das vestes, quando estavam vestidos, despertaram curiosidade. Eles narravam “a vida fácil que tinham”, as festas, até quando foram escravizados por nauá (nome indígena dado aos homens da cidade).
Uma das imagens mais impactantes do vídeo é a marca, semelhante a dos gados, no antebraço de um índio idoso. Está escrito “FC”, de Felizado Cerqueira, o seu antigo dono.
Na segunda metade do vídeo vimos uma nova geração indígena se manifestando pela demarcação da área deles.
Pudemos perceber traços da nossa cultura na fala de um deles ao relatar a importância de se escrever livros na língua nativa para ensinar aos descendentes a “valorizar a língua e a cultura”. Segundo eles, aceitaram fazer as filmagens para mostrar às pessoas o respeito à forma de viver, a língua, a terra.
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